sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Vereador Aladim José Martins que trazer para Birigui quem entende do assunto Chuvas e enchentes. Engenheiro Julio Cerqueira Cesar Neto.


Vereadora Aladim José Martins que trazer para Birigui quem entende do assunto Chuvas e enchentes. Engenheiro Julio Cerqueira Cesar Neto. engenheiro Julio Cerqueira Cesar Neto.

Preocupado com as obras sem qualidade técnica feitas no município de Birigui e percebendo que a prefeitura gastou dinheiro em vão e se vê completamente perdida na expectativa de resolver o problema de enchentes na cidade Vereador Aladim José Martins esteve em São Paulo e deverá retornar na tentativa de mais uma vez tentar falar com o engenheiro Julio Cerqueira Cesar Neto, uma das vozes da comunidade acadêmica, que tem se mobilizado no esforço de buscarem-se soluções alternativas aos piscinões, por seus custos sociais e ambientais. Nesta visita falando com outros engenheiros todos foram enfáticos em afirmarem que o engenheiro Julio Cerqueira pode ajudar Birigui dando orientações para soluções definitivas ou para um período de dez ou mais anos.



PALAVRA DE QUEM ENTENDE DO ASSUNTO: A Chuva e as enchentes.

Toda vez que ocorre uma inundação importante surgem vários “palpites” para explicá-la ou justificá-la. Em geral jornalistas e especialistas gostam de falar em “quantos milímetros de chuva caíram” e os valores apresentados variam extraordinariamente. Além disso, o que esses números significam para o público em geral? Na verdade, nada, porém com certeza induzem a interpretações equivocadas com relação à realidade do evento. Uma enchente se constitui numa ocorrência bem mais complexa do que apenas os milímetros freqüentemente anunciados.
Primeiramente é preciso distinguir a CAUSA, intensidade de uma precipitação (milímetros) do seu EFEITO, a vazão (escoamento) resultante num determinado curso d’água.
Uma mesma intensidade de chuva ocorrida numa bacia hidrográfica em uma época na quando se repetir, em outra oportunidade, com certeza causará danos muitos maiores tendo em vista que o processo de urbanização desordenado impermeabilizou mais o solo, dificultando a sua infiltração e aumentando a velocidade de escoamento trazendo como conseqüência (EFEITO) a concentração de vazões maiores no curso d’água dessa bacia. Isso é verdade se as condições de escoamento nesse curso d’água forem às mesmas de outrora. Porém, se nesse período foram executadas obras de ampliação da capacidade de escoamento a enchente pode nem ocorrer.
A nossa experiência no trato dos problemas de inundações (ou enchentes) em áreas urbanas indica que existem algumas colocações e/ou observações que ainda não foram feitas e que a sua explicitação seria de alguma valia no sentido do melhor equacionamento de problemas dessa natureza.

Certamente a inundação de qualquer área urbana não é desejada; em princípio, não deveria ocorrer, não é razoável que ocorra; ninguém promove a utilização ou ocupação de um meio físico com a urbanização, pensando que essa área possa vir a ser inundada. O projeto das quadras (lotes) e do sistema viário não é feito para ficar embaixo d'água. A sua utilização, nem diria ideal, mas normal seria num meio seco, mesmo quando chove: se espera que a água da chuva caia sobre o solo, as estruturas e as pessoas e suma.
O responsável por esse sumiço desejado se chama "sistema de drenagem urbana". A chuva é inevitável, não há meio de se impedir que chova. Nem seria bom que não chovesse: a chuva lava o ar e o solo gratuitamente. Ela é necessária e útil. Ela promove a umidade do ar tão requerida pelos sistemas respiratórios dos homens.
Um sistema de drenagem urbana adequado é aquele que promove o sumiço das águas da chuva após a sua benéfica ocorrência sem causar transtornos ao funcionamento normal da área urbana.
Julio Cerqueira Cesar Neto

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