Bandidos matam garotinho de cinco anos com tiro na cabeça.
foto: blog.
SÃO PAULO - Seis ladrões mataram, com um tiro na cabeça, um menino de 5 anos durante assalto à residência de bolivianos na região de São Mateus, Zona Leste, na madrugada desta sexta-feira.
A família foi feita refém e a criança, que era filho único, foi baleado na cabeça porque chorava durante o assalto, de acordo com a polícia.
Os bandido invadiram a casa por volta da 0h40m, quando o pai e o tio do garoto chegavam. Os criminosos mantiveram reféns oito adultos e duas crianças. na casa, moram bolivianos que trabalham com oficina de costura. A casa fica numa viela.
Bryan Yanarico Capcha e seus pais, Veronica Capcha e Edberto Yanarico Quiuchaca, foram levados para um quarto na parte de cima de casa. O pai ficou sob a mira de uma faca enquanto a mãe foi obrigada a ficar de joelhos. Bryan estava no colo e começou a chorar.
Os bolivianos chegaram a entregar R$ 4,5 mil aos ladrões. Os pais do garoto deram R$ 3,5 mil. Outro parente entregou R$ 1 mil. Mas os bandidos exigiam mais dinheiro e passaram a ameaçar as vítimas com uso de facas e revólveres.
Assustado, o menino começou a chorar. A mãe contou à polícia que segurou o filho e tentou acalmá-lo, mas ele não parava de chorar. Irritado, um dos bandidos atirou na cabeça do garoto. Ele foi socorrido por um vizinho e levado para o Hospital São Mateus, mas já chegou morto, segundo a equipe médica que o atendeu.
- Meu filho dizia 'não me mate, não quero morrer. Não matem a minha mamãe' - contou a costureira Veronica. Ela chegou a abrir a carteira e mostrá-la vazia para provar que não tinham mais dinheiro. Segundo ela, boliviana relatou que o criminoso gritava para o menino "parar de chorar" e não chamar a atenção dos vizinhos.
O casal está no Brasil há seis meses, vindo da Bolívia. Eles contaram à polícia que estão em situação legal no país.
O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, pediu prioridade máxima na captura dos assassinos do menino.Os ladrões fugiram. A polícia ainda não tem pistas dos criminosos, mas acredita que eles conheciam as vítimas porque cinco deles permaneceram encapuzados durante o assalto.
Agência O Globo